A LUZ DA LÁGRIMA___JOSÉ A. SILVÉRIO
Estou perdido no meu País
Rancado do solo pela raiz.
Sem direito de ser feliz.
Sem saber que mal eu fiz.
A água invadiu a minha cidade,
Destruí minha infância e mocidade.
Deixou em duvida a verdade.
E plantou no peito uma saudade.
Uma cidadezinha coberta pela água.
Um povo retirado assim as pressa
Um coração corroído pela magoa.
E de esperança sei lá, só promessa.
Perdi minha referencia de origem.
Perdi o sagrado lugar de nascimento.
A cabeça desnorteada deu vertigem.
Descontrolou todo meu pensamento.
A água invadiu tudo sem piedade,
Fazendo no lugar um grande lago.
Quebrou nossos laços de amizade.
Ficou só a dor que no peito trago.
Sou um nômade no meu País.
Perdi meu ponto de referencia.
Sou um barco sem um cais.
Sou uma cola sem aderência.
Minhas origens sumiram,
Tudo para fazer uma usina.
A casinha onde eu nasci,
A água passou por cima.
A tapera que muito lutei pra construir,
A simples escolinha que eu freqüentei.
A mangueira que teimava em subir.
Lembranças que na memória guardei.
Deram-me um outro lugar pra morar.
Tentando inutilmente me confortar.
Mas de que maneira se pode enganar
Alguém que pra sua terra não pode voltar?
Não posso andar pelas ruas sem asfalto.
Pisar com os pés naquele poeirento chão.
Que me deixava os pés todo vermelho
Mas enchia de alegria meu coração.
A casa dos meus pais, avos e irmãos.
Na rua de cima no outro quarteirão.
A casa da minha linda namorada.
Onde fui pro seu pai pedir lhe a mão.
Às vezes quando a saudade aperta,
Ando de barco por aquela represa
Imaginando minha saudade coberta,
Rolam nas vistas as lagrimas presa.
Lagrima que é gota de um choro
De um peito que não suporta a dor.
Que misturam se a de outros em coro
E vão fazer rodar na usina o gerador.
Oxalá esta lagrima que caiu na água
Se transforme num pouquinho de luz.
E vá acender uma lampadazinha,
Lá num cantinho do altar de JESUS.
JOSÉ AUGUSTO SILVÉRIO.
(ZITO)
Rancado do solo pela raiz.
Sem direito de ser feliz.
Sem saber que mal eu fiz.
A água invadiu a minha cidade,
Destruí minha infância e mocidade.
Deixou em duvida a verdade.
E plantou no peito uma saudade.
Uma cidadezinha coberta pela água.
Um povo retirado assim as pressa
Um coração corroído pela magoa.
E de esperança sei lá, só promessa.
Perdi minha referencia de origem.
Perdi o sagrado lugar de nascimento.
A cabeça desnorteada deu vertigem.
Descontrolou todo meu pensamento.
A água invadiu tudo sem piedade,
Fazendo no lugar um grande lago.
Quebrou nossos laços de amizade.
Ficou só a dor que no peito trago.
Sou um nômade no meu País.
Perdi meu ponto de referencia.
Sou um barco sem um cais.
Sou uma cola sem aderência.
Minhas origens sumiram,
Tudo para fazer uma usina.
A casinha onde eu nasci,
A água passou por cima.
A tapera que muito lutei pra construir,
A simples escolinha que eu freqüentei.
A mangueira que teimava em subir.
Lembranças que na memória guardei.
Deram-me um outro lugar pra morar.
Tentando inutilmente me confortar.
Mas de que maneira se pode enganar
Alguém que pra sua terra não pode voltar?
Não posso andar pelas ruas sem asfalto.
Pisar com os pés naquele poeirento chão.
Que me deixava os pés todo vermelho
Mas enchia de alegria meu coração.
A casa dos meus pais, avos e irmãos.
Na rua de cima no outro quarteirão.
A casa da minha linda namorada.
Onde fui pro seu pai pedir lhe a mão.
Às vezes quando a saudade aperta,
Ando de barco por aquela represa
Imaginando minha saudade coberta,
Rolam nas vistas as lagrimas presa.
Lagrima que é gota de um choro
De um peito que não suporta a dor.
Que misturam se a de outros em coro
E vão fazer rodar na usina o gerador.
Oxalá esta lagrima que caiu na água
Se transforme num pouquinho de luz.
E vá acender uma lampadazinha,
Lá num cantinho do altar de JESUS.
JOSÉ AUGUSTO SILVÉRIO.
(ZITO)
1 Comentários:
Sou o Zito esta poesia fiz em homenagem a um amigo que teve a sua cidade natal tomada pelas aguas devido a construção de uma Usina. É BEM DIZE UMA AUTOBIOGRAFIA DE SEUS SENTIMENTOS.
Por ZITO SILVERIO O POETA DO AMOR, às 1 de fevereiro de 2008 às 08:45
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