ATO POÉTICO____CHICO ARAUJO
Desenho, à tecla, um novo rascunho de mim...
O esboço vai nascendo
Se desprendendo
De imagens sem fim...
De onde tantas silhuetas?
De quando tantas incertezas?
Um olho d'água permanente escorre
lágrimas por pedras lisas, lodosas...
Corrente de sons-gemidos
Vertente de passos sombrios...
Um esboço... traços... riscos sem completude
Erigindo-se entre o sal da água nas pedras
talhadas e corroídas pelo tempo sem freio...
De onde tanta inquietude?
De quando tantas buscas?
No rosto, o olho que vê não esconde
O que o outro, sem vê-lo, não descobre...
Chico Araujo.25.03.08
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