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quarta-feira, 7 de maio de 2008

INVERDADES QUE ARROGUEI___VINÍCIUS MOTTA DA COSTA


Eu lutei.

E como lutei bravamente

contra intrusos e todos!

Indo contra minhas coisas, lutei

Para não ter nada.

E fui lutando pela vida

por uma razão ardida

que deixa meus olhos

vencidos, num estado fúnebre de cinza.



Bem, de tudo que versei,

deixei de lado as coisas que chorei.

O sofrimento que sofria copiosamente.

Fiz ilha para ser meu mundo

nas incontáveis vezes que lacrimejei a cara

sem motivo para postura tão combalida.

sem sossego numa sina cismada e furtiva

que deixa os ombros

pesados, por carregar tanta agonia.


Digo (escrevo) mais:

me prendi a falsas verdades.

Inverdades que arroguei.

Minhas horas tristonhas passam velozmente

nos caminhos que acreditei.

Eles não eram a correta trilha

para seguir com o peso de uma mochila.

O peso que faz meu corpo

vagar atrás do passado que agora recrimina.



Vinícius Motta da Costa, Três Rios/RJ


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