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quarta-feira, 11 de junho de 2008

COMO ESTÁTUA___NÚRIA CARLA


Fria, demente e insensível
Vagando por céu d’spuma
Nauta, romântica e terrível
Como estátua de gélido bronze
Escarro sonhos em suores brumas
Que recém dos pombos o batismo sagrado
Escombros sem cinzas
Da boca, somente restou sorriso pálido
Sem veste que esquentem minh’alma
Como estátua que morre sem o viço da calma.


Núria Carla

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