POEMA DE AROEIRA
Eu e a casa
A casa e eu.
Dois estranhos
um para o outro
Ela o ninho
Eu o pássaro
Solto preso
aqui no Acre
Eu e a casa
A casa e eu.
Ainda sem muita
intimidade
Suas paredes
nada me dizem
Meus passos
é que retumbam
O diálogo é o eco
Eu e a casa
A casa e eu.
Recintos formais
sentimentos demais
Mas eu falo.
E as paredes escutam
Escrevo.
Elas presenciam
Penso. Silêncio
Aroeira
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