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domingo, 29 de março de 2009

BRANCA KABUL___MARIA DO CARMO BARCELOS

Branco reluz.
Branco floco que cai.
Se sobrepõe ao branco já.
Branco mais branco que a roupa
de Iemanjá.
Branca Kabul.
Branca, estéril a minha dor.
Branco floco que cai.
Branco o meu amor.
A minha dor.
Branca a minha pouca esperança.
Branca a saudade.
A vontade de ser de outra cor.
Coração branco
aqui em Kabul...
Kabul – março/2005

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