Creusa Lima
Natural de Mucurici, Estado do Espírito Santo, Licenciatura Plena em Letras pela Universidade Federal de Rondônia, Pós-Graduada em Língua Portuguesa pela Faculdade de Educação de Cacoal-RO, profissional de carreira na Educação do Estado de Rondônia há 20 anos - Escreve contos e poesias desde os anos 70. Adora obras científicas e Clássicos da Literatura. Escrever é uma paixão.
Dias Vermelhos
Longe a luz de um vaga-lume pisca
a vida desarma para a realidade...
transforma o que era paz em agonia
relembra o morro suas tragédias
onde a violência sangra dia-a-dia
vidas desprezadas ao bel prazer
da crucial insanidade humana...
Mortes e vidas trafegam
numa incessante busca de paz....
Os dias são vermelhos para o morro...
Tão intensamente brusca é a saudade
tão crucialmente tenra é a vida
tão dilacerada é a sorte
tão mentirosa é a tarde
que à noite finda em morte
em qualquer esquina...
E... os filhos do morro têm medo
do dia que vai raiar...
pois a sorte não resiste.
onde a impunidade persiste...
Fim de tarde se há vida
o morro luta e relutavem a noite...
escuridão perversa
a lua chora nos braços do Cristo Redentor
os filhos não virão o amanhecer
o pranto se faz sereno
vidas flutuam sem chão,resignadas...
consolo não há...os olhos secaram
de tanto chorar...
E o dia amanhece de novo, silenciosamente
Creusa Lima
1 Comentários:
Boa tarde minha amiga, Sandra! Que honra, ver minha poesia postada na sua coluna! Graças a esse seu magno trabalho, posso mostrar um pouco mais dos meus escritos para todos os leitores. Fico-lhe grata e espero poder contribuir de alguma forma. Um grande abraço. Ah e quero lhe dizer que a coluna está belíssima, de muito bom gosto.
Por Creusa Lima, às 16 de outubro de 2007 às 13:05
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