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segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Creusa Lima


Natural de Mucurici, Estado do Espírito Santo, Licenciatura Plena em Letras pela Universidade Federal de Rondônia, Pós-Graduada em Língua Portuguesa pela Faculdade de Educação de Cacoal-RO, profissional de carreira na Educação do Estado de Rondônia há 20 anos - Escreve contos e poesias desde os anos 70. Adora obras científicas e Clássicos da Literatura. Escrever é uma paixão.





Dias Vermelhos


Longe a luz de um vaga-lume pisca

a vida desarma para a realidade...

transforma o que era paz em agonia

relembra o morro suas tragédias

onde a violência sangra dia-a-dia

vidas desprezadas ao bel prazer

da crucial insanidade humana...

Mortes e vidas trafegam

numa incessante busca de paz....

Os dias são vermelhos para o morro...


Tão intensamente brusca é a saudade

tão crucialmente tenra é a vida

tão dilacerada é a sorte

tão mentirosa é a tarde

que à noite finda em morte

em qualquer esquina...

E... os filhos do morro têm medo

do dia que vai raiar...

pois a sorte não resiste.

onde a impunidade persiste...


Fim de tarde se há vida

o morro luta e relutavem a noite...

escuridão perversa

a lua chora nos braços do Cristo Redentor

os filhos não virão o amanhecer

o pranto se faz sereno

vidas flutuam sem chão,resignadas...

consolo não há...os olhos secaram

de tanto chorar...

E o dia amanhece de novo, silenciosamente


Creusa Lima

1 Comentários:

  • Boa tarde minha amiga, Sandra! Que honra, ver minha poesia postada na sua coluna! Graças a esse seu magno trabalho, posso mostrar um pouco mais dos meus escritos para todos os leitores. Fico-lhe grata e espero poder contribuir de alguma forma. Um grande abraço. Ah e quero lhe dizer que a coluna está belíssima, de muito bom gosto.

    Por Blogger Creusa Lima, às 16 de outubro de 2007 às 13:05  

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