.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

DE TANTO AMAR_____RICARDO SANT'ANNA REIS

Quando te vi, súbito,
Ornou-me o espírito
A esperança
De que me pudesses amar.
Não há promessa mais vã,
Nem uma que mais engane,
Que mais se negue à virtude
Do que promessa de amor puro



Este, o amor, com certeza expressa,
Em toda a excelência,
O pendor comunicativo dos homens.
E ao amar-te assim, profundo, eu,
Egoísta que sou, intimamente
Me ligo ao mundo.



Amo-te, pois, para ser tu,
Compassivo como o amor prana.A imatéria amante que se espraia
E que transpõe o alto muro.A carne do Deus dos ateus,
Em sua face mais humana.


Amo-te, pois, para ser tu, em sendo eu. Querer os teus próprios quereres
privar de teus nédios momentos



Amo-te para te-la em meus braçosOu para rete-la em pensamentos.
Amo-te mesmo que me reste perde-laPor inúteis, os meus pífios poderes,
Por tão frágeis os meus poucos talentos.


Ricardo Sant'Anna Reis

1 Comentários:

Postar um comentário

<< Home