A pele _versos, flores e famintos ____NELSON A.R.CORRÊA
o que são? de onde vieram?
são homens e mulheres reais?
ou só o sabem os símbolos que se perde na onda?
na onda eletromagnética cibernética...
se encontram _sem vozes.
se tocam _como se frente a um espelho frio.
olhos-na-tela
tela-nos-olhos.
para eles as horas se perdem ante o teclado,
e através dos dedos numa linguagem alheia
se desenterram constantemente de si mesmos...
são homens e mulheres, famintos de si,
e do que se perdeu pelo caminho.
na tela, imagens, na mente mensagens.
e o mundo segue em silêncio.
eles se vão, não homens, mas vozes silenciosas,
eles não falam, mas suas falas ecoam no silêncio
dos teclados.
vão e vêem, a cada dia e a cada instante...
não pedem licença para chegar,
nem desculpas pela ausência prolongada.
e vão-se, como se um último toque a pele fosse.
a pele se desfaz em versos;
dos versos se fazem flores;
as flores se vão, os frutos voltam.
e alimentam mais e mais famintos pelo caminho.
Nelson A. R Corrêa, Belém/PA
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