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quarta-feira, 7 de maio de 2008

A pele _versos, flores e famintos ____NELSON A.R.CORRÊA


o que são? de onde vieram?

são homens e mulheres reais?

ou só o sabem os símbolos que se perde na onda?

na onda eletromagnética cibernética...




se encontram _sem vozes.

se tocam _como se frente a um espelho frio.

olhos-na-tela

tela-nos-olhos.



para eles as horas se perdem ante o teclado,

e através dos dedos numa linguagem alheia

se desenterram constantemente de si mesmos...



são homens e mulheres, famintos de si,

e do que se perdeu pelo caminho.

na tela, imagens, na mente mensagens.

e o mundo segue em silêncio.



eles se vão, não homens, mas vozes silenciosas,

eles não falam, mas suas falas ecoam no silêncio

dos teclados.

vão e vêem, a cada dia e a cada instante...

não pedem licença para chegar,

nem desculpas pela ausência prolongada.

e vão-se, como se um último toque a pele fosse.



a pele se desfaz em versos;

dos versos se fazem flores;

as flores se vão, os frutos voltam.

e alimentam mais e mais famintos pelo caminho.



Nelson A. R Corrêa, Belém/PA

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