POEMA ANORÉXICO ___SYLVIO NETO
Espalhado em mil pedaços
Corro descalço por entre as letras
De meu pequeno universo de palavras
Corro descalço por entre as letras
De meu pequeno universo de palavras
Teso sem a ajuda de um
Tadalafil
Vou de pau duro
Rumo ao fim da estação
Com voracidade e fome
Este visceral poeta se abre
Em arrotos e vômitos
Tadalafil
Vou de pau duro
Rumo ao fim da estação
Com voracidade e fome
Este visceral poeta se abre
Em arrotos e vômitos
Num ano de balas perdidas
Os músculos enrijecidos
Não cedem a um Dorflex
Não se movem por um conhaque
Os músculos enrijecidos
Não cedem a um Dorflex
Não se movem por um conhaque
Do amor enlouquecido
Dono de todo ataque
Os nervos seguem mais harmônicos
Recém saídos de um atabaque
Dono de todo ataque
Os nervos seguem mais harmônicos
Recém saídos de um atabaque
Da sombra do que soul
Teço perplexo
Este anorexico poema
Mais um aborto
Influxo de minha vil poesia
Teço perplexo
Este anorexico poema
Mais um aborto
Influxo de minha vil poesia
Sylvio Neto
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