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sábado, 6 de março de 2010

QUEBRA__MARA ARAUJO


Ah, as mulheres, tão plenas de envolvimentos de implicações, menstruações e TPM... Sonhando sempre com um louco amor e um pouco de paz, pra deitar a cabeça e dormir, cúmplice. Perseverantes, pacientes e apaixonadas, suportando sempre um pouco mais, de tensão, de paixão, de traição a doer na alma. Ah, as mulheres, tão fartas de sonhos, de dengos e intenções. Mercuriais, galácticas e planetárias, impacientes e lúdicas. Mulheres fartas de contradições a espalharem teias, abismos e emendas, desenhando estrelas em todos os céus. Traços marcados e um diabólico perfume de entranhas a deslizarem pelas frestas do corpo. Essas mulheres, tão plenas de argumentos, de gestos deslizes e artimanhas. Rododentros, matizes, raízes e espalhafatosa desordem. Mulheres de insaciável luxúria, de truques a confundir tudo, cheias de quedas de quebras, de ginga, feitiço de todas as eras... Que vou entregar-te, com água com ondas, com sinos, com festas, gemidos e todos os corpos astrais.

Mara Araujo

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