Jiddu Saldanha
Jiddu Saldanha, conhecido nacionalmente como mímico, dedica-se também às artes plásticas. Aqui você pode ver os cartões postais de suas obras que hoje pertencem ao acervo particular do Sr. Adolfo Martins, dono do maior jornal sobre educação no Brasil chamado Folha Dirigida. Sou apaixonado por poesia e sou, especialmente um poeta do silêncio.
Itabira Mítica
(para Marcio Sampaio)
Em Itabira há muitos caminhos
são caminhos de pedra
para o trafego de anjos tortos
são caminhos tangívei
Se que dão belas fotografias de parede
alguns curvam-se em serpentina
outros cavoucam montanhas de ferro
são todos estreitos
Sentes-se Itabira
Pelo seu ar de fuligem
Seu caos futurista
E poucas mulheres no caminho
A cidade devastada tem trens
Que não lhe pertence
Por onde escoa a riqueza
Sobrando o pó de pedra e ferro
Itabira sempre foi globalizada
Pelo que doou ao mundo
As riquezas de minas
Consumidas como queijo
Foi lá que nasceu ondalta
O poeta Drummond
Que por desejo de existir
Foi nadar num outro rio
Os caminhos de Itabira permanecem
Em serpentina.
Tristes e distantes
Mas a Itabira mítica vive
Como sua estrela mais alta.
Jiddu Saldanha
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