A CASA____JORGE VENTURA
Quando adentrei pela primeira vez naquela casa,
as paredes nuas (re)vestiram-se de longa lembrança
no regresso ao passado insólito. Voltei a ser criança
pelo corredor do tempo, diante da saudade que embasa
as paredes nuas (re)vestiram-se de longa lembrança
no regresso ao passado insólito. Voltei a ser criança
pelo corredor do tempo, diante da saudade que embasa
inda hoje o meu sofrer. Ah! Quantos lêmures percebi:
senhores dos sótãos e porões, imêmores ancestrais!
Ao circunvagar o olho por mobílias, louças e castiçais,
sonhei amores, crimes e conquistas. Quantas vidas vivi?
senhores dos sótãos e porões, imêmores ancestrais!
Ao circunvagar o olho por mobílias, louças e castiçais,
sonhei amores, crimes e conquistas. Quantas vidas vivi?
Se lá morei, não sei.
Se lá morri, pode ser.
Onde minha saga perpetuarei?
Se lá morri, pode ser.
Onde minha saga perpetuarei?
Bem habitada ou mal assombrada,
reconheci, ao padecer,
aquela casa tão somente abandonada
reconheci, ao padecer,
aquela casa tão somente abandonada
Jorge Ventura
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