PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DE AMOR___NÁDIA DE SOUZA
Nos bares, esquinas,
Ao som de um Rock
Cerveja, fumaça, mistura fina,
Um cheiro morno de urina
Batom banhado de esperma
No banco traseiro
Moça tingida que ensaia um gesto
No cara coroa que entrelinhas goza.
Tu és meu único motivo. Sou louca
Mundo cão vagabundo
Cadelas no cio
Nos acordes: Do you love me?
A arte é desculpa
Subterfúgio do sabor da calabresa no ar
Os famintos devoram o hálito da morte
Comamos e bebamos, porque amanhã morreremos!
Tu és meu único motivo. Sou louca
Risos histéricos, fingidos, declaram felicidade
Felina cidade sem luz de néon
Quando os bichos noturnos fazem a ronda
Caçam suas presas
Engolem insetos notívagos
E se acreditam felizes
Cercado de gente
Sorriso de máscara - estampa
Tu és meu único motivo
Não estás louco. És feliz
Feliz morte futura
Com licença...
Porque não és nem frio, nem quente
Vou vomitar-te de mim.
Vou retirar-me para vomitar um pouco
Quem sabe volte amanhã
Vestida de noite
Pisando na lua
Esgotada de mel
Cheia de fel
Trazendo estas flores
Para, nos bares, esquinas
Depositar aos teus pés
Nádia de Souza
3 Comentários:
Obrigada, minha querida poeta Sandra, por essa homenagem. É uma honra estar aqui. Bjs
Por Nadia de Souza, às 20 de março de 2009 às 00:00
Obrigada, minha querida poeta Sandra por essa homenagem. É uma honra estar aqui. Bjs
Por Nadia de Souza, às 20 de março de 2009 às 00:00
Obrigada, minha querida poeta Sandra por essa homenagem. É uma honra estar aqui. Bjs
Por Nadia de Souza, às 20 de março de 2009 às 00:00
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