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quarta-feira, 21 de novembro de 2007

ANÉLITO

Deito em meu leito para sonhar contigo,
anélito que não tem repouso...
dizem meus lábios: mata-me a sede!
Resfolego, no travesseiro, todos os meus
caprichos, mas imenso continua em te ter,
o meu anseio.
Estar junto a ti, pousar meu hálito em teu
ouvido, minha cabeça em teu peito, conhecer
outro descanso.
Acredite, não tenho medo, apenas quero
apertar-te contra os meus seios, tomar teu
cheiro, sentir teu gosto, extrair estímulos.
Em airosos manejos mostrar-te que posso
ser leve sem gracejos.
Com meandros, ou sem rodeios, envolver-te
em meus braços, cobrir-te de beijos, matar
toda esta saudade que me sufoca de desejo.
Tu sabes, eu faço versos, tu sabes que eu
rimo prantos, mas contigo sou só sorrisos.
Sou mulher madura, vivida, eis a minha
realidade! Quero sanar todas estas minhas
vontades, todas estas necessidades que me
fazes afluir.
Quero prover todos estes impulsos carnais,
todos estes ímpetos viscerais que agora
vociferam em meu âmago e não o silencia.
Quero-te frente a frente, palmo a palmo,
corpo a corpo, mesmo sabendo como me
conter, sem bridas, sem freios...
Não posso mais lutar, quero-te por demais, assaz!...
Com todas as letras, assim eu creio, acharei sossego,
teremos paz.

Cacau Luik Junho 2005

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