Rodrigo Octávio Pereira de Andrade
Sou poeta,professor, pesquisador e cabo-friense. Tenho poemas publicados no seguintes jornais:Jornal Lagos, Lagos Jornal de Cabo Frio-RJ,Jornal de Sábado de Cabo Frio-RJ, Jornal O Popular da Costa do Sol de Iguaba-RJ(como colaborador)e no Jornal Alto Madeira de Porto Velho-RO. Tenho poemas publicados nos seguintes sites: Recanto das Letras,Crônicas Cariocas, Alma de Poeta, Jornal de Poesia, Momento Lítero Cultural do poeta Selmo Vasconcellos do Rondônia Ao Vivo,em matéria feita pela poeta Dora Dimolistas pelo Jornal O Rebate On Line,no Jornal O Popular On Line, Poetas del Mundo e no Domínio Cultural.
“Lágrimas Secas”
Nos versos de Patativa do Assaré,
Caminho pelo chão rachado da seca
Entre mandacarus e urubus do Sertão.
Os olhos do horizonte não enxergam
O Velho Chico,
Diante de um acorde de Luiz Gonzaga,
A relembrar as histórias de Lamarca e Lampião
Pelo Sertão.
A poesia é poeira na veia
De João Cabral de Melo Neto,
Mas incendeia nas mãos de Graciliano
E Guimarães Rosa ao som de um repente
Feito numa roda em Arcoverde.
A caatinga me fere com os seus espinhos,
Com o seu olhar de morte em desalinho.
Os retirantes fogem, clamam e pedem
Para Padre Cícero pelas bênçãos das chuvas de São Pedro
Aos olhos de um São João num foguetório dos infernos
Entre os braços de Suassuna e de João Grilo, O Amarelo,
Que representam o Sertão.
As mulheres ficam num olhar triste,
Enquanto os homens buscam alimento
E salvação em terras alheias do Sertão.
Deixam família, casa e coração,
Para um dia voltar
E verem com outro olhar o Sertão.
Os retirantes fogem da fome,
Da seca, da morte em busca da salvação!
Os sertanejos são fortes,
Mas a seca do Nordeste
É fera e os engole...
Anjinhos nascem e morrem...
...para serem sepultados num chão pobre.
As rachaduras são rios de lágrimas secas
Ao olhar dos versos de um menino a lamentar
Entre a poeira ao lado de uma carcaça de boi
Nas mãos do Sertão brasileiro.
(Rodrigo Octavio Pereira de Andrade (Rodrigo Poeta de Cabo Frio-RJ. – 15/10/07)
“Lágrimas Secas”
Nos versos de Patativa do Assaré,
Caminho pelo chão rachado da seca
Entre mandacarus e urubus do Sertão.
Os olhos do horizonte não enxergam
O Velho Chico,
Diante de um acorde de Luiz Gonzaga,
A relembrar as histórias de Lamarca e Lampião
Pelo Sertão.
A poesia é poeira na veia
De João Cabral de Melo Neto,
Mas incendeia nas mãos de Graciliano
E Guimarães Rosa ao som de um repente
Feito numa roda em Arcoverde.
A caatinga me fere com os seus espinhos,
Com o seu olhar de morte em desalinho.
Os retirantes fogem, clamam e pedem
Para Padre Cícero pelas bênçãos das chuvas de São Pedro
Aos olhos de um São João num foguetório dos infernos
Entre os braços de Suassuna e de João Grilo, O Amarelo,
Que representam o Sertão.
As mulheres ficam num olhar triste,
Enquanto os homens buscam alimento
E salvação em terras alheias do Sertão.
Deixam família, casa e coração,
Para um dia voltar
E verem com outro olhar o Sertão.
Os retirantes fogem da fome,
Da seca, da morte em busca da salvação!
Os sertanejos são fortes,
Mas a seca do Nordeste
É fera e os engole...
Anjinhos nascem e morrem...
...para serem sepultados num chão pobre.
As rachaduras são rios de lágrimas secas
Ao olhar dos versos de um menino a lamentar
Entre a poeira ao lado de uma carcaça de boi
Nas mãos do Sertão brasileiro.
(Rodrigo Octavio Pereira de Andrade (Rodrigo Poeta de Cabo Frio-RJ. – 15/10/07)
1 Comentários:
Obrigado minha querida poeta por ter me posto em esse espaço. Agradeço de coração. Saudações poéticas e abraços fraternos. Rodrigo Poeta.
Por Rodrigo Poeta, às 17 de novembro de 2007 às 09:59
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