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terça-feira, 15 de julho de 2008

CÓRREGO DAS LETRAS___CLAUDIA ALMEIDA


Debruçada em poesias

Entrego meus pensamentos

Poderia ser um varal de roupa

Penduradas, estendidas

Cândidas, encharcadas

Num leito de um rio

Primitivas pelo córrego

A espera de um viajante a ler

Como um barquinho de papel

Elas se foram, como frota amada

Em cada canal...

Deixaram de ser barquinho

Colocadas ao sol pra secar

Pra quem sabe predizer

Mañana no estaré en casa,

O horizonte há de abraçá-las


Claudia Almeida

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