Tonho França
Tonho França, é paulista, nascido em 1965, sob o signo de Áries, começou a escrever aos 12 anos para o Jornal “A Tribuna do Norte” de Pindamonhangaba. Depois de longo tempo em outras atividades, o poeta retorna e dedica-se a poesia, tem dois livros solos publicados “Entre Parênteses” e “Sinos de Outono”, e participação em 12 coletâneas, é membro da U.B.E, e da A.P.P.E.R.J. Ministra oficinas de poesia, faz trabalhos voluntários na área cultural para Ongs. Escreve editoriais e poesias para alguns jornais da região. “Escrevo não para agradar ou convencer, escrevo o que minha alma grita e meu coração extravasa, por devoção a arte, escrevo por ser extremamente a verdade”
Abajur
Na sombra calada do abajur
Traços claros de um tempo
Que já não é mais.
Onde a música ouvia-se livre
A reluzir nas louças,
Nos vidros antigos da cristaleira.
O mesmo relógio que canta as horas
Inteiras, canta as meias-
Badalas parecem eternas,
Ba da la das
Ba da la das
O cachimbo e um vinho do porto
Protegem-me da solidão das pessoas
Mas o mundo ainda parece tão perto
Ba da la das
Ba da la das
A vida foi-se nos olhos claros da madrugada,
Na sombra calada do abajur
Já não mais.
Jaz...
Tonho França
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Sem amor
Lanço ao chão a última taça
O cristal que já fomos cacos são.
E maldito seja o vinho que nele brindamos.
Éramos eternos, de repente passamos.
Já é tarde para qualquer pergunta
Já passou a hora de termos vozes,
Nenhuma música toca,
Nenhum ponteiro se move
O universo em profunda dor silencia
Enquanto os anjos reerguem as ruínas
Pois sabem, o mundo morre um pouco
A cada amor que termina.
Tonho França
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