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quarta-feira, 14 de julho de 2010

QUEM É LIRÓ CARNEIRO


Vivi no Rio e Janeiro até os sete anos de idade quando
minha família se mudou para Brasília onde vivi durante
muitos anos e onde pude ver brotar o desejo de escrever
contos e poemas. Aprendi muito cedo a escrever e lia Seleções revista
que meu pai assinava mensalmente,
onde ia direto nos contos, ainda muito criança. Na adolescencia
escrevia poemas e os jogava fora. Costumava decorar o que escrevia.
Em 1985 participei pela primeira vez de uma antologia "Antologia dos Poetas
de Brasília" com o poema 'APELO DE UM FETO' pela Shogun Arte e Editora.
Continuei escrevendo poemas e contos e esccrevi cinco romances;
SEQUELAS DE UM PASSADO
O TERCEIRO SEXO
ESQUIZOFRENIA, O CASTIGO DOS INOCENTES (uma história real)
INSTINTO DE SOBREVIVENCIA
MANUELA, A FILHA ESCOLHIDA
e escrevi também, O QUE NINGUÉM PRECISA SABER, (contos e poemas eróticos)
lançado na XIV Bienal do Livro do Estado do Rio de Janeiro em setembro de 2009
também escrevi O QUE AINDA NÃO CONTEI, (contos e poemas eróticos)
GOTAS DE ORGASMO, (poemas eróticos)
Participei da Antologia O MELHOR DA BIENAL com o poema "POETA E POESIA"
Voltei a morar no Rio de Janeiro desde 1998 onde frequento saraus poéticos.
Meus poetas preferidos são; Dr. Daisaku Ikeda, Fernando Pessoa, Drummond, Augusto dos Anjos(o primeiro poeta lido por mim ainda na infancia, que me foi apresentado por meu pai em livro), Vinícios de Moraes, Marcelo Mourão, Ricardo Sant'anNa Reis, José Henrique Calazans entre outros. Sigo escrevendo e desejo que minha poesia possa tocar a alma dos seres humanos.
Agradeço ao Jornal O REBATE, especialmente à poeta Sandra Almeida pela oportunidade da publicação dos meus sonhos.


LirÓ CarneirO

MORRER DE AMOR____LIRÓ CARNEIRO


Tu foste uma coisa
Quase inexplicavel...
Do nada surgiste
E tomaste a minha respiração...
Sem folego eu ficava,
Ao ver-te chegando,
E quase morria
Sem ar,
Quando te sentia me olhando...

Teus olhos engoliam
A minh'alma,
E eu tentava desesperadamente,
Manter-me calma..
Mas em vão...
Quando educadamente,
Me cumprimentava,
Meu coração eu sentia bater
Na minha roupa...
Eu estava louca
E não sabia...

Até que um dia,
Descobri o que
Me fazia sentir este ofegar
Profundo..
Descobri que era
O homem mais doce deste mundo,
E o mais tímido
Que na terra ja existiu...

Até que paraste de só me olhar,
E me tocaste,
Por pouco eu não morri
Quando me amaste,
Mas morro de amor,toda vez que
Dou-me a ti...

LirÓ CarneiO

PRECE AO VERDADEIRO AMOR___LIRÓ CARNEIRO


Que toda a dor que sangra teu peito,
que toda a tristeza que fere teu ser,
que toda a mágoa que te faz infeliz,
que todo o sofrimento que te faz chorar...

que toda a lamúria que tranca o teu sorriso,
que toda a infelicidade que te provoca dor,
que toda a angústia que invade o teu coração..
se desfaçam inteiros nesta prece que faço em oração...

transfundindo de dentro da tua alma
para a alma minha...
que o teu peito sangrando
o teu ser ferido,
a tua mágoa que te torna infeliz,
que o sofrimento que te faz chorar...

que a lamúria da tua face
que não se esconde em disfarce
que a dor que te traz infelicidade
que do teu coração angustiado
invadido pela dor,
seja todo transfundido para o meu amor...

meu ser suporta tudo o que te fere,
posto que meu ser em tua infelicidade interfere
trazendo para a tua vida o gosto da felicidade suprema...
pequena é a minha vida,
mas grande por ti é o meu amor...

ver-te sofrendo traz-me tanta amargura
ver-te feliz provoca-me a alegria mais pura...
de ti amor eu tiro agora
neste momento, nesta hora tudo o que magoa a tua vida...

sou a breve estada em teu ser tão lindo,
sou o que chega mais que já vai indo embora..
levando tudo o que dentro de ti faz mal...

sou o amor verdadeiro e imortal
que cabe dentro deste meu peito...

todas as dores que sente levarei comigo
e deixarei toda a felicidade contigo
e em prece para saber-te feliz, eu vou orando..

não avise a ninguém que estou chegando
e jamais diga a ninguém que levei a tua dor,
partindo...

LirÓ CarneirO

DE NADA PRECISO PARA LEMBRAR-TE____LIRÓ CARNEIRO


Eu não preciso para lembrar-te,
Guardar nenhuma lembrança,
Nenhum lenço, nenhuma foto, nenhuma aliança,
Pois de nada preciso para lembrar-te...

Não preciso de fotografias,
Nem dias de sol, nem de noites frias,
Nem preciso sequer de tempestade...

Guardo-o dentro do meu peito,
Moras na dor da minha saudade,
E de nada preciso para lembrar-te...

Não preciso comer comida chinesa,
Nem muito menos pedir pizza calabresa,
Os pratos que mais te dão prazer...

Não preciso ir ao shopping fazer compras,
Nem preciso assistir a um filme americano,
Pois eu te amo e jamais de ti pude esquecer...

Não preciso andar de metrô,
Nem atravessar a rua, apressada,
Para lembrar-te não preciso de nada,
Mas de muita coisa preciso para te esquecer...

Preciso morrer como um passarinho,
Abraçada ao travesseiro que foi teu ninho,
Na cama que tanto fizemos amor...

Preciso morrer para esquecer-te,
Deixar de respirar, ficar gelada, ser enterrada,
Pois para lembrar-te, não preciso de nada,
Mas para esquecer-te é preciso que eu já tenha morrido...

Pois só morrendo é que eu não te lembro,
O sorriso, o jeito, o humor...
Preciso morrer para esquecer
O quanto fui feliz, estando ao teu lado,
meu amor...

LirÓ CarneirO

ETERNAMENTE TUA____LIRÓ CARNEIRO


Ainda posso sentir em minha bôca,
O sabor do primeiro beijo...
O arrepio do primeiro desejo,
Que senti ao ser tocada por ti, pela primeira vez...

Talvez ainda sinta uma sensação que se pareça,
Com a doce sensação que me provocaste,
Quando em meu rosto, teus lábios tu pousaste,
Aquele beijo doce de um verdadeiro amor...

O tempo passou e tu sumistes,
Em meio ao tempo que levou-te embora,
Hoje em dia, minha alma ainda chora,
A saudade infinita que ficou em mim...

Sem ti sinto-me inteiramente vazia,
Minha alma que era quente, ficou fria,
E quase desfaleço de tristeza...

Minha vida eu toquei ao longo dos anos,
Outros homens amei, outros eu amo,
Mas é por ti que meu peito bate forte...

Vou amar-te para sempre, até a morte,
Posto que foste o primeiro amor que tive...
Dentro do meu peito tua lembrança ainda vive,
E se algum dia ainda de mim lembrares.....terei sorte!!!


LirÓ CarneirO

TUDO O QUE EU QUERIA___LIRÓ CARNEIRO


Bem que eu queria desnudar o teu corpo,
Desvendar teus segredos,
Aliviar os teus medos e tuas dores...

Eu bem quisera seguir-te onde tu fores,
Dormir nua ao teu lado.. ao relento,
Sentir em meu corpo o acariciar do vento,
E o toque suave das tuas lindas mãos...

Quisera eu poder caminhar na madrugada,
Junto de ti, à pé, na mesma estrada,
Para o destino incerto que escolheres...

Quisera eu ter o dom de ter poderes,
Para adivinhar teus pensamentos...

Bem eu quisera ser a tua companheira,
Não apenas por um só dia, mas para a vida inteira,
E de ti conhecer tantos desejos...

Quisera poder tocar teus lábios com meus beijos,
Teu corpo nu, com o meu, também desnudo,
Saber o que diz o teu silêncio, quando estás mudo,
E saber o que tu pensas, apenas num olhar...

Quisera eu poder deveras conhecer-te,
Saber da tua vida, teus sonhos, ideais,
Como eu desejo saber de ti, homem amado!!!
Mas nada eu sei e sei que nada saberei...jamais....

LirÓ CarneirO

sábado, 3 de julho de 2010

QUEM É BASILINA PEREIRA


Basilina Pereira nasceu em Ituiutaba-MG, mas reside em Brasília desde 1983. É professora aposentada, advogada e poeta. Tem 3 filhas e 3 netos. Já participou de 10 antologias e escreveu 9 livros, sendo 8 de poesias:QUASE POESIA,editado pela LGE editora; JANELAS, pela editora VERBIS; ambas de Brasília-DF, ARABESCOS; FLOR ACESA; VERSO RASGADO, ANTES DO SOL, TRAVAS DO VENTO, TEMPO CONTRÁRIO e SONHOS ANTIGOS(romance) que serão publicados nos próximos anos.

.Publica no Recanto das Letras: http://recantodasletras.uol.com.br/poesias/1299361; no seu blog pessoal: http://poesiasbasilina.blogspot.com e no Portal Antonio Poeta: http://basilinapereira.blogspot.com

JANELAS___EM BREVE LANÇAMENTO OFICIAL



JANELAS,brevemente será lançado oficialmente.Sendo o segundo livro desta poeta lírica.Em Janelas você poderá viajar para o mundo mágico da poesia,chamada Basilina Pereira.

O AMOR QUE NÃO VIVI___BASILINA PEREIRA


O amor que não vivi
resiste em minha memória
qual fruto que não colhi
e não entrou na história.


O amor que não vivi
deve estar em algum lugar,
quisera poder sentir
o que só pude sonhar.


O amor que não vivi
dizem: é conto de fadas,
não há sensação assim
- que arrepie a madrugada!


O amor que não vivi
existe em meu pensamento:
real – está bem aqui
onde mora o sentimento.


O amor que não vivi
cabe no verso ideal,
num poema em frenesi,
no acorde do madrigal.


O amor que não vivi
é chama que ardeu demais,
de tanto querer, perdi
e que falta ele me faz!


Basilina Pereira

A MÚSICA___BASILINA PEREIRA


Converter a música em palavras
é um desafio que vai além do poeta.
Mas quero fazer vibrar os sons que há em mim
e orquestrar o poema no ritmo de uma canção.
É tanta harmonia que pulsa em meu coração
que sugere um diálogo entre as batidas e o fonema
como se formasse um dueto entre o corpo e a alma.
Ondas que acentuam a emoção,
sons suaves e fortes que se harmonizam,
feito o canto do curió.
São sete notas apenas...
E delas se obtém a apoteose,
dilúvio de acordes,
que fluem como uma cascata de mel
e bordam, em linguagem universal,
a moldura da poesia.


Basilina Pereira

SÚPLICA____BASILINA PEREIRA


Lanço meus versos no ar
no ritmo das emoções
espreito as ondas do mar:
perseverantes lições.


E cada onda que espraia
com o vento acaba voltando
como meus olhos na praia
perdidos tornam chorando.


Mas te peço, ó Poseidon,
que vele o mar e a vida
se há recuo, dê o tom
e novo ponto de partida.


Basilina Pereira

ENTARDECER___BASILINA PEREIRA


A tarde desce sem pedir licença
e satiriza o crepúsculo,
inventando cores e formas.
Até os pássaros preparam sua revoada festiva
e desafiam a noite com seu trinado melódico.
Flores mimosas mimetizam o seu perfume,
enquanto as estrelas descerram sua cortina de luz
e começam a exibir infinitos archotes no penhasco do infinito.
Cá dentro do peito também a tarde cai.
O crepúsculo que aqui se forma é feito de transformações e esquecimentos.
Longe ficaram os rubores da inocência e o elã da juventude.
Nos canteiros, pedras e flores recolhidos pelo caminho.
Nas pegadas íngremes do tempo, rastros esmaecidos
e soterrados pela poeira dos anos.
Mas minhas nuvens não destilam mágoas nem se ressentem das dores.
Percebo a linha do horizonte com seu enigma flutuante
e sua astúcia não me abala.
Só quero que a janela permaneça aberta
e que o brilho dos meus olhos possa se banhar na lua.


Basilina Pereira

A COR DO BEIJO____BASILINA PEREIRA


Quero um beijo cor-de-rosa
feito lua bem amorosa,
também serve o beijo azul,
lembrando as brisas do sul.


Se preferir a cor laranja
me dá mais um: quero “canja”
mas se acaso for verdinho
que seja bem de pertinho.


Aceito o beijo arco-íris
se bem assim tu sentires
mas se vier beijo zebrinha
não vás me deixar sozinha.


Fica até o beijo da noite
pode ser que o vento açoite
e queira um beijo dourado
mesmo que seja roubado.


Basilina Pereira

AS ESTAÇÕES____BASILINA PEREIRA


Primavera. Quem dera
tatuar sua explosão na alma
pra lembrar
das gotículas de cor,
que um dia inundaram a vida
com o frescor das madrugadas,
e do delírio emanado das estrelas:
belas, todas elas,
exagero de emoção.

...

Verão.Último suspiro das flores
que sucumbem embotadas pelo calor
e se desfazem como a juventude
rumo ao esplendor da montanha.
Incontáveis folhas balançam nos galhos altos
onde os pássaros, sem se dar conta,
perpetuam o milagre do ninho.

...

Outono. Folhas desbotadas
cumprem o fluido ritual da dança
e cobrem as gramíneas indecisas
com um felpudo tapete dourado.
Lá longe, muitos corações já ressecados
pelos calos vividos, recolhem o xale
e espiam com olhos de melancolia.

...

Inverno. Densos dias de neve e cinzas
que cobrem sorrisos, lágrimas,
saudades, mágoas, encontros e desencontros,
chegadas e partidas.
E o vento que a tudo transpassa,
exposto à chuva e ao sol,
segue indiferente a rota do tempo
e termina onde tudo começa.



Basilina Pereira